A paróquia de Gaula, com orago de Nossa Sr.ª da Luz, foi criada, em 1509, nas terras do cavaleiro Lançarote Teixeira, neto de Tristão Vaz , 1º Capitão Donatário de Machico e de D. Branca Teixeira.
O topónimo da localidade advém do romance medieval de cavalaria “Amadis de Gaula”, este facto denota o fascínio que o género literário exercia nos nobres, donos das terras de então, enquadrando-se nas localidades cujas denominações foram influenciadas pela criação literária.
Esta novela emblemática da cavalaria, que deve datar do séc. XIV, teve grande expressão em toda a Península Ibérica no Séc. XVI. Tornou-se famosa entre a elite de cavaleiros nobres e, segundo a historiografia, é uma obra escrita por um autor português anónimo. O romance teve um grande êxito, tendo sido traduzida em várias línguas da Europa Ocidental.
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O argumento do romance conta a história de um amor proibido entre um rei de Gaula (Gales ou Gália) e uma princesa da Bretanha, que deu a origem a um filho, Amadis, abandonado numa barca, que depois foi encontrado e criado por um cavaleiro. Quando cresce, o agora também cavaleiro Amadis, vai à procura das suas origens, passando por perigosas vicissitudes e aventuras, apaixonando-se por Oriana, filha do rei da Grã-Bretanha.
Autor: Emanuel Gaspar
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